Caro Prof. Gilson Costa,
Leia a resposta abaixo...
Meus colegas, já ví este filme antes, inúmeras vezes...
Acompanho o ensino superior praticamente desde que nasci pois sou filha de professores universitários e tenho hoje mais de 60 anos. Sou professora aposentada da Universidade de Brasília, aonde assisti o último espetáculo, apesar dos revézes, de como os combates a um governo têm início e usam de todas as artimanhas para macular os projetos realizados, com foco local.
Não vou falar dos processos mais antigos, que aconteceram antes dos anos 90. Restrigo-me, a partir de então, a três grandes projetos das universidades federais que mudaram o rumo de nossa história, aumentando significativamente seus compromissos acadêmicos e sociais e que foram amplamente combatidos por forças representantes de interesses oposicionistas mais imediatistas:
i. o combate feito ao ensino noturno nas universidades federais na década de 90;
ii. o ataque ao ensino a distancia no início dos anos 2000;
iii. e, agora, o embate promovido com a expansão das universidades públicas, recentemente focalizado no REUNI e atualmente, na criação das novas universidades.
Em todas as situações, ditados por políticas reacionárias, partido(s) de oposição política trataram de combater projetos governamentais - seja a nível federal, seja local, às reitorias das universidades! Ora um, ora outro, a estratégia continua sendo a repetição de táticas de grupos que não conseguem trazer qualquer coisa mais propositiva.
Agora temos o eixo PSTU-PSOL - que controla as associações de docentes e está se fortalecendo junto ao movimento estudantil - a comandar os ataques a qualquer projeto de expansão das universidades públicas, seja por invasões de reitorias, seja por alianças táticas com a direita reacionária, seja pela adoção (temporária) de critérios meritocráticos, mas que jamais cheguem a implicar em produtividade acadêmica, processos de avaliação e outros procedimentos que redundem em mais trabalho ou em falta de retribuição pecuniária. ETC...
Não que eu ache que um PSOL decida elejer os "Collors" da vida; que haja associação com os "DEMs" no Congresso, como na luta contra políticas afirmativas; ou PSTUs usando os mesmos argumentos acadêmicos dos clássicos direitóides da educação...Não creio que haja consciência histórica pois os interesses são imediatistas "se hay gobierno soy contra", não importa o que se faça ou proponha!
O caso da UFOPA é o mais recente e também emblemático: professores recém admitidos, com a missão de implantar um desses partidos no interior da Amazônia, começam a aglutinar docentes e alunos ao projeto. Daí para as etapas seguintes é só um passo: presidência de estatuinte, de sindicato a ser acoplado, grandes confusões na instituição, ofensas, agressões, tudo associado a conquistas, passo a passo, no projeto que não é só seu, é uma estratégia de combate local e nacional, juntando para o mesmo ataque tanto uma reitoria com a missão da criação, quanto um governo que realiza a estratégia de romper com a ligação das universidades públicas com o projeto histórico de poder das elites econômicas neste país. Ser protagonista de uma reportagem em veículo destes interesses não é qualquer novidade. Tampouco que este(s) professore(s) em nada vieram contribuindo para o aperfeiçoamento de qualquer dos processos vivenciados: só crítica, ameaças, agressões, nada propositivo, nenhuma idéia, nenhuma análise mais atualizada, nada, nada!
Só mesmo a reação local poderá calar estas bocas cheias de vermes, estas mãos tão inúteis, estas idéias tão mofadas! Na UFOPA isso já começou, com a derrota deste grupo, tanto para a estatuinte quanto para o sindicato. Mas ainda falta mais! E o que não fizerem os servidores da instituição universitária, juntamente com os alunos realmente dedicados à formação acadêmica - com ou sem apoio de reitoria - ninguém mais fará! Trata-se da vida deles, de seus projetos profissionais, seus sonhos, suas realizações existenciais. Sem isso sossobrarão no desencanto com a Academia, com a região, com o país, com suas próprias vidas...
Quanto ao orgão da mídia que divulga estes tipos de interesse, deveria efetivar a regra número um da boa imprensa, a de ouvir todas as partes! Eles perderam a oportunidade de ver e divulgar o quanto há de dedicação à qualificação e inovação acadêmica nas novas universidades deste país. Perderam o senso histórico, a visão de como este país tem se desenvolvido, inclusive em suas universidades! Busquem qualquer uma das histórias locais, todas partiram de grandes dificuldades e vêem conseguindo melhorar. Ainda assim, o mais importante continua acontecendo (e eles não estão percebendo): apesar das grandes deficiências físicas, os docentes - mestres e doutores como nunca dantes - estão dando suas aulas e realizando suas pesquisas por todos os cantos desta nação, efetivando os primeiros passos para o país realmente assumir seu compromisso maior com qualificação do ensino superior público! Alguns cães estão ladrando, mas a caravana da educação, especialmente superior, está avançando e, também como nos casos passados das ofertas de ensino noturno, bem como da modalidade a distância, a expansão das vagas públicas está ocorrendo. O Brasil vai deixar de ser o penúltimo lugar do continente americano em oferta de oportunidades de qualificação universitária para seus jovens, queiram ou não alguns partidos políticos mais reacionários, alguns especialistas mais conservadores, alguns docentes mais raivosos, alunos mais ruidosos ou algumas publicações mais comprometidas com interesses de elites nada qualificadas...
Não esmoreçamos, não desanimemos com os "Gilsons" de nossas vidas, miremos na finalidade maior, olhemos para nossos alunos, sonhemos com nossos ideais, realizemos nosso belo projeto!
Sempre
Dóris Faria
Centro de Formação Interdisciplinar
UFOPA
Leia a resposta abaixo...
Meus colegas, já ví este filme antes, inúmeras vezes...
Acompanho o ensino superior praticamente desde que nasci pois sou filha de professores universitários e tenho hoje mais de 60 anos. Sou professora aposentada da Universidade de Brasília, aonde assisti o último espetáculo, apesar dos revézes, de como os combates a um governo têm início e usam de todas as artimanhas para macular os projetos realizados, com foco local.
Não vou falar dos processos mais antigos, que aconteceram antes dos anos 90. Restrigo-me, a partir de então, a três grandes projetos das universidades federais que mudaram o rumo de nossa história, aumentando significativamente seus compromissos acadêmicos e sociais e que foram amplamente combatidos por forças representantes de interesses oposicionistas mais imediatistas:
i. o combate feito ao ensino noturno nas universidades federais na década de 90;
ii. o ataque ao ensino a distancia no início dos anos 2000;
iii. e, agora, o embate promovido com a expansão das universidades públicas, recentemente focalizado no REUNI e atualmente, na criação das novas universidades.
Em todas as situações, ditados por políticas reacionárias, partido(s) de oposição política trataram de combater projetos governamentais - seja a nível federal, seja local, às reitorias das universidades! Ora um, ora outro, a estratégia continua sendo a repetição de táticas de grupos que não conseguem trazer qualquer coisa mais propositiva.
Agora temos o eixo PSTU-PSOL - que controla as associações de docentes e está se fortalecendo junto ao movimento estudantil - a comandar os ataques a qualquer projeto de expansão das universidades públicas, seja por invasões de reitorias, seja por alianças táticas com a direita reacionária, seja pela adoção (temporária) de critérios meritocráticos, mas que jamais cheguem a implicar em produtividade acadêmica, processos de avaliação e outros procedimentos que redundem em mais trabalho ou em falta de retribuição pecuniária. ETC...
Não que eu ache que um PSOL decida elejer os "Collors" da vida; que haja associação com os "DEMs" no Congresso, como na luta contra políticas afirmativas; ou PSTUs usando os mesmos argumentos acadêmicos dos clássicos direitóides da educação...Não creio que haja consciência histórica pois os interesses são imediatistas "se hay gobierno soy contra", não importa o que se faça ou proponha!
O caso da UFOPA é o mais recente e também emblemático: professores recém admitidos, com a missão de implantar um desses partidos no interior da Amazônia, começam a aglutinar docentes e alunos ao projeto. Daí para as etapas seguintes é só um passo: presidência de estatuinte, de sindicato a ser acoplado, grandes confusões na instituição, ofensas, agressões, tudo associado a conquistas, passo a passo, no projeto que não é só seu, é uma estratégia de combate local e nacional, juntando para o mesmo ataque tanto uma reitoria com a missão da criação, quanto um governo que realiza a estratégia de romper com a ligação das universidades públicas com o projeto histórico de poder das elites econômicas neste país. Ser protagonista de uma reportagem em veículo destes interesses não é qualquer novidade. Tampouco que este(s) professore(s) em nada vieram contribuindo para o aperfeiçoamento de qualquer dos processos vivenciados: só crítica, ameaças, agressões, nada propositivo, nenhuma idéia, nenhuma análise mais atualizada, nada, nada!
Só mesmo a reação local poderá calar estas bocas cheias de vermes, estas mãos tão inúteis, estas idéias tão mofadas! Na UFOPA isso já começou, com a derrota deste grupo, tanto para a estatuinte quanto para o sindicato. Mas ainda falta mais! E o que não fizerem os servidores da instituição universitária, juntamente com os alunos realmente dedicados à formação acadêmica - com ou sem apoio de reitoria - ninguém mais fará! Trata-se da vida deles, de seus projetos profissionais, seus sonhos, suas realizações existenciais. Sem isso sossobrarão no desencanto com a Academia, com a região, com o país, com suas próprias vidas...
Quanto ao orgão da mídia que divulga estes tipos de interesse, deveria efetivar a regra número um da boa imprensa, a de ouvir todas as partes! Eles perderam a oportunidade de ver e divulgar o quanto há de dedicação à qualificação e inovação acadêmica nas novas universidades deste país. Perderam o senso histórico, a visão de como este país tem se desenvolvido, inclusive em suas universidades! Busquem qualquer uma das histórias locais, todas partiram de grandes dificuldades e vêem conseguindo melhorar. Ainda assim, o mais importante continua acontecendo (e eles não estão percebendo): apesar das grandes deficiências físicas, os docentes - mestres e doutores como nunca dantes - estão dando suas aulas e realizando suas pesquisas por todos os cantos desta nação, efetivando os primeiros passos para o país realmente assumir seu compromisso maior com qualificação do ensino superior público! Alguns cães estão ladrando, mas a caravana da educação, especialmente superior, está avançando e, também como nos casos passados das ofertas de ensino noturno, bem como da modalidade a distância, a expansão das vagas públicas está ocorrendo. O Brasil vai deixar de ser o penúltimo lugar do continente americano em oferta de oportunidades de qualificação universitária para seus jovens, queiram ou não alguns partidos políticos mais reacionários, alguns especialistas mais conservadores, alguns docentes mais raivosos, alunos mais ruidosos ou algumas publicações mais comprometidas com interesses de elites nada qualificadas...
Não esmoreçamos, não desanimemos com os "Gilsons" de nossas vidas, miremos na finalidade maior, olhemos para nossos alunos, sonhemos com nossos ideais, realizemos nosso belo projeto!
Sempre
Dóris Faria
Centro de Formação Interdisciplinar
UFOPA
Agora eles vêem com isto e mais duas sindicândias, além de ataque contra o movimento estudantil...
É essa a situação da UFOPA galera, pra quem acha que está tudo bem, procurem ver o que acontece por trás dos bastidores
Ei REI-toria, antes comer verme do que ser um carneirinho de açúcar como os da imagem acima...Revolução? SEMPRE!
Lovefoxxx